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Curva do Crescimento - O que é e como funciona!

O crescimento da criança é o melhor indicador de saúde em qualquer fase da vida. Por isso, pais devem estar constantemente atentos à altura e peso dos filhos desde seu nascimento até o período final do crescimento, conhecido como puberdade. Para ajudar os pais e médicos nessa percepção existe a curva de crescimento infantil.

A seguir, você poderá conhecer o que é a curva de crescimento infantil e entender como ela funciona, e quais fatores podem influenciar o crescimento e desenvolvimento de seu filho.

O que é curva de crescimento?
A curva de crescimento infantil é um padrão internacional que foi desenvolvido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como forma de acompanhar o estado nutricional das crianças. As curvas deste sistema são obtidas por meio do cálculo entre a idade da criança e as variáveis, como peso, altura e perímetro da cabeça. Com a padronização dos parâmetros é possível avaliar a curva de crescimento infantil em qualquer país, independente da etnia, condição socioeconômica e alimentação. A única variável deste padrão é o sexo da criança.

Meninos e meninas apresentam padrões diferentes de crescimento, com curvas distintas. O objetivo é que problemas como sobrepeso, obesidade, desnutrição e outras condições que estão associadas ao crescimento e nutrição da criança possam ser identificados e tratados de forma precoce.

 

 

 

Como a curva de crescimento infantil foi estabelecida?
Para que a curva de crescimento infantil fosse estabelecida, a OMS acompanhou crianças entre 0 e 5 anos em diferentes grupos étnicos, cidades, estados, países e continentes diferentes, comparando as medidas de cada indivíduo com seus pares. Ou seja, com crianças da mesma idade e mesmo sexo.

Com os resultados obtidos foi possível estabelecer intervalos de tamanho e peso que fossem adequados para cada idade e, consequentemente, seus percentis. Após o mapeamento, algumas réguas intermediárias foram estabelecidas (cinco no total) possibilitando a avaliação e acompanhamento do desenvolvimento da criança. Contudo, é preciso ressaltar que cada criança tem sua própria curva de crescimento infantil.

Quais as principais medidas avaliadas pela curva?
Para a avaliação da curva de crescimento infantil as principais medidas avaliadas são o comprimento, peso e perímetro da cabeça da criança, sendo o último a medida acompanhada com maior rigor durante o primeiro ano da criança. Isso porque, essa medida permite a detecção precoce de inúmeras doenças neurológicas que interferem no crescimento craniano.

Como funciona a curva de crescimento infantil?
Para entender os percentis e como funciona a curva de crescimento infantil, podemos seguir o exemplo: em um grupo com 100 meninos saudáveis de 6 meses vivendo em distintos locais do mundo, a OMS mapeou o mais leve e o mais pesado deles, colocando esse peso em um gráfico. 

A partir desses dados, foram estabelecidas réguas intermediárias, chamadas de percentis. São elas 3, 15, 50 (média), 85 e 97. Portanto, se um bebê está no percentil 85 em relação a seu peso e altura, significa que ele é maior e mais pesado que 85% dos bebês de sua idade. O importante na curva de crescimento infantil é que a criança mantenha a linha sempre ascendente no crescimento, seja qual for o percentil.

Como posso saber se a curva de crescimento está adequada? 
Grande parte dos bebês e crianças atingem certos marcos em sua vida no mesmo período, por esse motivo, existe a curva de crescimento infantil. Entender como eles funcionam permite que os pais acompanhem e ajudem os filhos em seu crescimento e desenvolvimento de novas habilidades, atingindo todo potencial.

Qual o crescimento típico infantil?
O crescimento da criança não segue obrigatoriamente as mesmas regras em todos os casos. Contudo, a curva de crescimento infantil deve ser acompanhada. As curvas e os gráficos de crescimento são informações padronizadas que se baseiam no desenvolvimento da maioria das crianças. Junto dele, é possível avaliar a taxa de crescimento de uma pessoa comparando-a com grupos da mesma idade e sexo, tornando possível identificar algo de errado no amadurecimento da criança.

O crescimento do ponto de vista físico corresponde ao aumento de altura, peso, membros, órgãos e quaisquer outras mudanças que podem ocorrer no corpo das crianças. Cabelos crescem, dentes nascem, caem e tornam a nascer, hormônios começam a ser produzidos, tudo fazendo parte do desenvolvimento infantil dividido em 3 etapas.

1. Lactante
As crianças de 0 a 3 anos de vida fazem parte do período lactante. Logo após ao nascimento, o recém-nascido perde cerca de 5 a 10% de seu peso, recuperando-o por volta de 2 semanas, quando seu crescimento é iniciado. Entre 4 a 6 meses, o peso do bebê deve ser o dobro do apresentado ao nascer, e seu crescimento pode chegar até 25cm. Aos 2 anos, é natural que o bebê diminua o ritmo de crescimento.

2. Pré-puberal
A fase de crescimento pré-puberal ocorre entre 3 aos 13 anos, com a criança crescendo em ritmo constante. Entretanto, muitas crianças costumam não crescer de forma contínua ao longo do período. É importante perceber se há um padrão de meses ou semanas em que a criança apresenta crescimento lento. Espera-se que a criança apresente uma média de crescimento de 5 cm ao ano nessa etapa.

3. Puberdade
No período da puberdade, os pais podem observar um surto de desenvolvimento que dura entre 2 a 5 anos, e o padrão de crescimento deve estar em torno de 8 a 14 cm ao ano. Esse surto é associado à sexualidade, com o desenvolvimento de pelos púbicos, axilares, crescimento de órgãos sexuais, e o início da menstruação nas meninas. Ao atingir entre 15 e 17 anos, o crescimento se encerra, devido ao fim do desenvolvimento físico.

Quais fatores podem interferir na curva de crescimento infantil?
São muitos os fatores que podem contribuir para que a criança tenha problemas de crescimento e desenvolvimento, desde alterações na produção hormonal até herança genética. Confira os principais.

- Atividades físicas em excesso
- Hormônios do crescimento
- Alimentação deficiente
- Descanso insatisfatório

O sono é o momento de fortalecimento, em que energias são recarregadas, hormônios produzidos e liberados. Portanto, o descanso insatisfatório da criança pode prejudicar seu crescimento, visto que, o hormônio do crescimento é produzido e liberado no organismo durante o período de sono. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, esse processo se inicia por volta dos 30 minutos após o adormecimento da criança. O pico da produção do GH é alcançado a partir das 22 horas e segue até o início da manhã. Podemos concluir que crianças que dormem pouco durante a noite são mais suscetíveis a apresentar déficits de crescimento, além de outros prejuízos à saúde.

Qual o papel do médico diante da curva de crescimento infantil?
O médico é o profissional responsável por realizar o diagnóstico e tratamento de distúrbios no crescimento da criança. Da mesma forma, o endocrinologista é o especialista responsável por transtornos endocrinológicos na infância e adolescência, tratando do crescimento, tireoide, diabetes, obesidade, distúrbios de diferenciação sexual e alterações no metabolismo.

Diante da dúvida sobre o crescimento da criança de acordo com sua idade, baseada na curva de crescimento infantil, o endocrinologista realizará avaliações que incluem cuidar da história clínica abrangendo o histórico da gravidez, parto, altura e peso da criança ao nascer, conhecimento sobre a alimentação da criança e outros hábitos de vida, como a prática de atividades físicas, altura dos familiares, avaliação do ambiente social em que a criança vive, e mais.



Quando devo procurar um endocrinologista para meu filho?
Além de atuar no diagnóstico e tratamento de distúrbios do crescimento, o endocrinologista pediátrico é responsável por descobrir e tratar outras disfunções hormonais se podem se instalar desde o período neonatal até o final da adolescência, motivo que requer interação de conhecimentos pediátricos e de endocrinologia. Essas alterações determinam a repercussão sobre não só o crescimento, mas também o desenvolvimento e metabolismo do organismo em fase de maturação, e devem ser considerados os aspectos peculiares de cada uma das fases do desenvolvimento. 

O endocrinologista é capacitado para cuidar de outras condições que não somente o desenvolvimento da criança que não está de acordo com a idade. Você também deve buscar a ajuda deste profissional especialista em situações como:

- Criança ou adolescente com baixa estatura;
- Criança ou adolescente com alta estatura, com crescimento anormal acelerado;
- Crianças com desenvolvimento puberal precoce;
- Adolescente com desenvolvimento puberal tardio, sem sinais até 13 anos em meninas e 14 anos em meninos;
- Criança ou adolescente com diabetes;
- Criança ou adolescente com obesidade;
- Criança ou adolescente com dislipidemia;
- Criança ou adolescente com bócio, nódulo ou alteração de funções da tireóide;
- Criança ou adolescente com tumor cerebral com localização hipotalâmico hipofisária;
- Criança ou adolescente com raquitismo;
- Criança ou adolescente com dores, ou fraturas ósseas sem motivos aparentes;
- Adolescentes com distúrbios menstruais ou excesso de pelos;
- Meninos ou adolescentes com ginecomastia;
- Crianças ou adolescentes que nasceram pequenos para a idade gestacional;
- Crianças ou adolescentes com síndromes genéticas associadas a distúrbios do crescimento;
- Alterações de peso;
- Alterações da tireoide;
- Alterações da puberdade;
- Ambiguidade genital.

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Créditos do artigo:
Dr. Fernando Buono Schulz - CRM 136272 - Endocrinologista Infantil
Parceiro FR Medicos Associados

Créditos da edição e moderação:
Ana Paula Balog - Profissional de Marketing, Geração de Conteúdo e Moderadora no Mom's do ABC

Publicado em: 16/06/2021



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